terça-feira, outubro 23, 2012

Tá duro!


Menos agressivo que no segundo debate (realizado na semana passada), mas com um tom assertivo, Barack Obama foi o vencedor do terceiro debate presidencial que antecede as eleições marcadas para 6 de novembro. As sondagens reveladas pela CNN e CBS News após o debate confirmam a prestação do Presidente dos EUA. A CNN dá-lhe 48% contra 40% para Romney e a CBS 58% contra 23% para Romney. Numa das questões colocadas pela CNN aos eleitores consultados por esta sondagem era perguntado se tanto Obama como Romney estariam preparados para lidar com as questões da política internacional norte-americana. As respostas foram favoráveis a ambos, confirmando que o candidato republicano, apesar de não ter sido dado como vencedor, não desiludiu a sua base de apoiantes.  Distante da imagem de um George W. Bush, Romney mostrou-se mais negociador que belicista e concordou mesmo com Obama em várias tomadas de posição internacionais. Ocasionalmente as maiores divergências reveladas durante o debate aconteceram quando ambos os candidatos saíram da agenda internacional para abordar questões internas, cada qual defendendo as posições que já eram conhecidas das respetivas campanhas e dos debates anteriores.  A noite, mais diplomática que agressiva conheceu mesmo assim alguns momentos de choque. O mais notório resultando de um ataque de Romney a Obama, acusando o Presidente de terem hoje os EUA uma marinha substancialmente menos dotada de navios que em outros tempos, ao que Obama respondeu que hoje há também no exército menos cavalos e baionetas e que, atualmente os EUA deslocam pelo ar tanto os militares como equipamentos. Outra crítica sugerindo algum anacronismo nas posições de Romney resultou de uma etapa do debate em que se falou da Rússia, Obama sugerindo então que a visão de Romney pareceria coisa dos anos 80.
Para surpresa de todos o potencial foco de desentendimento entre os candidatos face ao caso da morte do embaixador dos EUA em Benghazi (já abordado no debate da semana passada) não foi trazido à mesa de discussão, apesar da questão Líbia ter sido francamente abordada.  Um tom moderado dominou mesmo assim o encontro entre os dois candidatos e, ao contrário do que tínhamos visto em Nova Iorque na semana passada, findo o debate ambas as famílias conversaram amigavelmente no palco.

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