A Renamo
entregou na passada sexta-feira( 14 ) ao Governo, na sede das negociações, a
proposta dos termos de referência para o cessar-fogo, respondendo, deste modo,
ao pedido que lhe havia sido formulado pelo executivo. O deputado Saimone
Macuiana, chefe e porta-voz da delegação da Renamo às negociações com o
Governo, disse em declarações à Imprensa que a proposta do seu partido inclui a
formação de um exército republicano, Polícia apartidária e serviços de
Segurança do Estado ao serviço do Povo e não de um partido. De acordo com
Saimone Macuiana, a Renamo pretende que se forme uma força armada que não tenha
afinidade com um certo partido ou que os seus oficiais não sejam promovidos à
base da afinidade partidária, bem como que não venham a golpear o Governo que
ganhar as eleições, só porque não tem simpatias com o partido desse Governo. Por
outro lado, a Renamo propõe, naquilo que pretende, que sejam os termos de
referência: a inclusão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(SADC), a União Europeia (UE), África do Sul, Botswana, Zimbabwe, Itália e
Estados Unidos da América (EUA) como as entidades internacionais que devem
fiscalizar o processo de cessar-fogo, de modo a garantir o acompanhamento do
acantonamento dos soldados, a não violação do mesmo pelas partes e a livre
circulação das pessoas. Contudo, ainda de acordo com o deputado Macuiana, o
quadro para os observadores e fiscalizadores internacionais "continua
aberto".
Por sua vez, o ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, que
chefiou a delegação do Governo às negociações na última sexta-feira, confirmou
também à Imprensa no final da 43ª. ronda, que o executivo recebeu a proposta da
Renamo sobre os termos de referência para a fiscalização do cessar-fogo e disse
que "o Governo vai analisar a proposta".
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