Inicialmente estipulado em Sete Milhões de meticais (cerca de 225 mil dólares
ao câmbio actual), o FDD tem por objectivo beneficiar cada um dos 128 distritos
do país e financiar iniciativas de geração de empregos e produção de alimentos.Segundo
a fonte, Moçambique também mereceu fortes elogios pelo facto de, a par com o
Ruanda, ser um dos poucos países do continente que regista elevados índices da
participação da mulher na área de governação.Isso significa que ambos os países
“estão a implementar efectivamente aquelas recomendações da União Africana”,
acrescentou. Moçambique, com 39,2 por cento de mulheres no parlamento, segundo
o ranking da União Inter-Parlamentar de 1 de Novembro de 2013, ocupa a 12ª
posição, num grupo de 188 países avaliados no mundo inteiro. O Ruanda
lidera o ranking com 63,8 por cento de mulheres no parlamento.Fazendo um
balanço daquilo que foi a avaliação do MARP em relação ao país, Lourenco do
Rosário, Reitor da Universidade Politécnica de Moçambique, fez questão de
vincar que a mesma foi acima da expectativa.Explicou que “além da ausência de
contestação que normalmente costuma aparecer por parte dos Pares perante
determinados aspectos do Programa Nacional de Acção, a presidente do painel do
MARP, a Presidente da Libéria, endereçou ao Chefe do Estado moçambicano elogios
pelo facto de Moçambique ter feito grandes progressos perante o programa
nacional de acção que cobre o biénio 2010/2012”. Advertiu, contudo, que
existem vários desafios para a segunda fase de avaliação que arranca em 2015.Estes
desafios incluem a resolução de alguns constrangimentos que não foram cumpridos
e outros que surgiram mais tarde. Entre os desafios arrolados destacam-se “a
integração dos desmobilizados de guerra e também daquilo que está na origem dos
conflitos com a Renamo”. Outros desafios que Moçambique deverá fazer face
antes da segunda avaliação a partir de 2015 incluem a nova situação dos grandes
investimentos, bem como a sua relação com a pequenas e médias empresas
moçambicanas e melhoria dos níveis da condição de vida da população. Rosário
acredita que a actual situação que se vive no país, caracterizada por uma
tensão político-militar desencadeada pela Renamo, o maior partido da oposição e
antigo movimento rebelde, será ultrapassada.
“Eu pessoalmente penso que o diálogo tem que ter um final feliz na medida em
que todos os actores por aquilo que eu e o senhor Bispo (Dom Dinis Sengulane)
nos apercebemos, quer com o senhor presidente da Renamo quando era contactável,
quer com o presidente da República, existe uma vontade efectiva de resolver o
problema”, referiu.Moçambique aderiu voluntariamente ao MARP 2003, um
instrumento instituído pela UA que, por via, de exercícios de auto-avaliações e
avaliações, bem como partilha de boas práticas entre Pares, promove a melhoria
da governação politica e económica dos países participantes desta iniciativa. Em
Junho de 2009, na cidade de Sirte, Líbia, Moçambique apresentou, durante a 11ª
Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos países participantes do MARP, o
seu relatório de auto-avaliação.
0 comments:
Enviar um comentário