terça-feira, abril 05, 2011

Não votamos contra a Gbagbo!!!

A ministra das Relações Exteriores sul-africana, Maité Nkoana-Mashabane, disse que o governo "tem reservas" sobre a legitmidade dos ataques lançados por forças da ONU e da França contra bastiões do Presidente cessante Laurent Gbagbo."Não me recordo de ter dado qualquer mandato a alguém para bombardeamentos aéreos contra a Costa do Marfim", disse a ministra, que insistiu na procura de uma solução pacífica para o conflito.A responsável pela diplomacia sul-africana afirmou que o executivo "não apoia necessariamente aquilo em que não votou", numa altura em que a oposição sul-africana acusa o governo de ter posições pouco firmes e muitas vezes contraditórias sobre os conflitos na Costa do Marfim e na Líbia.A missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) e a força francesa Licorne anunciaram terem disparado a partir de meios aéreos, nomeadamente helicópteros, sobre armas pesadas estacionadas nos campos militares de Agban e Akouédo, no palácio e residência presidenciais, depois de forças leais ao presidente eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela maioria da comunidade internacional, ter encontrado forte resistência de unidades fiéis a Gbagbo.Apesar de a ONU e a França afirmarem estar a agir ao abrigo da resolução 1975 do Conselho de Segurança, para "neutralizar as armas pesadas utilizadas contra civis", Pretória afirmou estar "muito preocupada com a deterioração da situação de segurança e humanitária".Maité Nkoana-Masgabane apelou à Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO), à União Africana (UA) e à ONU para que "preservem as possibilidades que ainda existem de uma solução pacífica para o conflito". O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Alain Juppé, declarou hoje estar ao corrente de negociações sobre a saída do Presidente cessante da Costa do Marfim Laurent Gbagbo. Questionado sobre informações segundo as quais Gbagbo estava a negociar a rendição, Juppé declarou: «Estou ao corrente». «Queremos que os combates parem o mais depressa possível», acrescentou o chefe da diplomacia francesa num encontro com a imprensa por ocasião da visita do homólogo romeno, Teodor Baconschi.

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