

A decisão do governo soviético de não permitir que
Vladimir Novoselov prestasse declarações a membros das comissões de inquérito
moçambicana e sul-africana, tem uma explicação: Novoselov era a testemunha
inconveniente, a testemunha idónea dos erros flagrantes cometidos por ele e
pelos colegas que tripulavam o avião e que viriam a causar o desastre de
Mbuzini; uma testemunha que não podia corroborar a existência do VOR falso,
desde o início inventada pela União Soviética como forma de lavar as mãos de um
acidente da exclusiva responsabilidade de uma tripulação que Moscovo havia
fornecido ao Estado moçambicano.

A esposa de Novoselov (foto ao lado) havia chegado a Pretória no
dia 22 de Outubro, tendo aparecido em público acompanhada de Nikolai Karpenko,
segundo secretário da Embaixada da União Soviética em Maputo. Funcionários
desta embaixada, enviados a Pretória, impediram que membros da Comissão de
Inquérito sul-africana entrevistassem, livremente, o tripulante soviético.
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