Ora, como os partidos e respectivos candidatos estão a usar este espaço virtual
é algo que deixa muito a desejar. Decidi ser útil hoje, propondo-vos este
“memo” para se calhar ajuda-los a organizar-se.
ERRO
NÚMERO 1: ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
FIX: Tomem o espaço virtual como um mundo a parte e a vossa campanha como uma
loja. Quem decidir entrar “na Loja da Renamo” deve encontrar lá tudo o que
precisa e navegar entre as prateleiras. E neste processo, garantam que não saia
desta loja insatisfeito. Tal vai exigir trabalho de equipa, coordenação e
institucionalização de um repositório de informação donde toda a actividade
pode ser recuperada e partilhada.
ERRO
NÚMERO 2: FRAGMENTAÇÃO DAS MENSAGENS
Nesta campanha vejo a fragmentação de mensagens. Na verdade, todos os partidos
políticos estão a usar a estratégia que apela a todos: catch all startegy.
Gerir estra estratégia tem riscos, principalmente quando as mensagens não são
bem articuladas. Por exemplo, gerir mensagens de Mudança e Continuidade pode
sugerir uma contradição patética se os “campaigners” não conseguir estabelecer
uma relação inteligível entre elas.
FIX: Aqueles longos manifestos poderiam ser resumidos numa folha A4 com apelo a
infográficos e outros recursos visuais, capazes de tornar as mensagens
inteligíveis e de fácil compreensão. Num momento em que mesmo a campanha
porta-a-porta está na moda, é difícil discutir ou apresentar o manifesto de 50
páginas em 3 minutos. Aqui também devo chamar atenção a formatação e a integração
de vários média: texto, vídeo e som; texto, imagem e vídeo/som. Estar online é
muito mais exigente.
ERRO
NÚMERO 3: FRACO ENGAJAMENTO
FIX: Listservs, engagement groups, páginas únicas de candidatos, canais de
YouTube e de personalidades de referência bem como quiosques online de
informação ajudariam a resolver a profusão das mensagens. Na verdade, precisa
haver um LUGAR onde as pessoas param para ver, ouvir e escrever.
ERRO
NÚMERO 4: FRACO CONTEÚDO
FIX: Temos que pensar que estamos online, numa comunidade de referências e
referentes. O ROI (revenue over investment) de uma campanha online é de 56%
comparado com 15% em campanhas offline. Mas este número vem com uma
particularidade. As pessoas confiam-se umas às outras e é na base desta
confiança que chegam à uma decisão.
Alguns temas que estão a faltar nas campanhas são:
• Lista e fotografias de candidatos a deputado da assembleia da República e
Provincial – cada um destes tem o potencial de puxar pelo seu eleitorado, pelo
seu círculo eleitoral
• Dados biográficos de alguns deputados elegíveis
• Promessas de deputados
• Iniciativas de lei em carteira
• Resultados dos trabalhos e impacto na legislatura passada
• Paz, segurança e desenvolvimento
CONCENTRAR A CAMPANHA ONLINE EM APENAS FOTOGRAFIAS COM CANIDATOS E MULTIDOES
podem cansar muito rapidamente as pessoas que buscam algum porquê neles.
É imperioso planificar um conjunto de temas de discussão.
A PRODUÇÃO DE CONTEUDOS É ASSIM O GRANDE DESAFIO PARA OS CAMPAIGNERS ONLINE
Erro técnico reiterado este. Não há integração entre o Facebook, E-mail e
Website dos partidos políticos. Por mim, TODO conteúdo deveria ter no website
seu repositório. Deveria ser de lá que internautas partiriam para vários canais
para de novo regressarem. Os canais sociais deveriam ser alimentados pelo
website e não por curiosos.
FIX: criação de uma equipa para campanha online, melhoramento dos canais de
comunicação e das redes sociais, estabelecimento de metas concretas para
engajamento, impacto. Desenhar estratégias para a otimização do uso do email e
da newsletter para que no fim, a campanha se promova como UMA LOJA, UM QUISQUE
DE INFORMAÇÃO.
ERRO
NÚMERO 6: GULA: QUERER MOSTRAR SERVIÇO E FALTA DO TRABALHO EM EQUIPA
Neste erro nem posso comentar tanto. Mais vale promover uma única pessoa em
torno do qual estariam todos a trabalhar e contribuir com conteúdos do que
fragmentar o espaço com postagens isoladas.
FIX: o desafio não deve ser QUEM POSTA MAIS. Mas o que acontece com este post.
PS:
tentei ser útil, como consultor, propondo uma cartilha geral. Implementar tal
cartilha exige tempo, recursos humanos e conhecimento. (Egidio Vaz – Consultor –
In facebook)
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