No
caso do moçambicano Rafael Custódio Marques, muito provavelmente, jamais se
saberá, porque, segundo a imprensa internacional, nunca chegou a ser
investigado pelo seu alegado envolvimento na morte de Evo Fernandes, antigo
secretário geral da Renamo assassinado em 1988 nos arredores de Lisboa,
porque o Estado moçambicano se recusou a retirar-lhe imunidade diplomática. O
mesmo Estado que agora o nomeou cônsul de Moçambique em Macau.Citando notícias da
altura, a imprensa internacional recorda que as autoridades portuguesas pediram
ao Estado moçambicano que retirasse imunidade ao diplomata Rafael Custódio
Marques (um agente da tenebrosa SNASP a trabalhar na embaixada de Lisboa), para
o ouvir em conexão com o assassinato de Evo Fernandes. Maputo recusou “despir”
Marques e Lisboa viu-se forçado a expulsá-lo, declarando-o “persona non grata”,
o mesmo que “cidadão indesejável”, numa tradução livre do jargão da
diplomacia.Alexandre Chagas,
assassino confesso de Fernandes, condenado a 18 anos de prisão, disse em
tribunal que a “execução” do antigo secretário- -geral da Renamo fora
“encomendada" pela SNASP (hoje SISE). O governo de Moçambique acreditava
na altura que se eliminasse o que denominava de “facção portuguesa” da Renamo
conseguia decapitar o movimento, assim como anteriormente acreditou que o mesmo
sucederia com o Acordo de Nkomati assinado em Março de 1984 com o regime do
"apartheid" sul-africano. Na mesma logica foram eliminados os
opositores da Frelimo num campo de reeducação no Niassa - entre os os quais
Uria Simango e Joana Simeão - por se temer que pudessem encabeçar uma nova
liderança política da Renamo. Evo Fernandes, era um advogado da Beira e de
origem goesa.
terça-feira, agosto 12, 2014
O crime compensa?
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