E no dia 18 aqueles
que esperavam pelos cartazes foram surpreendidos pela festa, vinda de todos os
bairros, que encheu os recintos públicos existentes e ela (a festa) foi sendo
distribuída pelas alamedas, tendo regressado incompleta à sua origem (de novo
aos bairros), onde tudo estava feito, incluindo o tradicional arroz e carne de
vaca.Esta festa iria
contagiar uma outra a seguir: lembrar Samora Machel, na terra onde ele gostava
de gozar as suas férias e, por essa ocasião, o festival da Capulana, que, não
fosse a forma como o Conselho Municipal voluntariamente assumiu o evento,
corria o risco de ser um fiasco.
Todos ouviam falar
de 15.000 mulheres com capulanas a desfilar. Todos ouviam gratuitamente a
palavra mundial ou internacional e todos ouviam que Pemba seria apenas
hospedeira, e por aí participante privilegiada.Ninguém sabia que, para lá da
publicidade, estava a verdade de que tudo poderia ser Pemba, desde os
participantes até ao uso e abuso dos termos mundial e internacional. Ninguém
chegou de fora das fronteiras, para desfilar no festival, nem de outras
províncias para o mesmo fim.Como que a sonhar e habituados às manias de coisas
pensadas e dirigidas a partir de Maputo, o município desconfiou em absoluto e
organizou-se a ponto de assumir a totalidade do festival, entanto que festa.Por isso,
preparou-se para que todos os bairros fossem ao festival, nem era necessário
pedir que fossem de capulanas – sempre estão! Espontaneamente lá estiveram
quantas capulanistasquanto os olhos não puderam mais! Por isso, as cerca
de 7000 beldades no desfile.
Vimos capulanas
feitas de tudo aquilo que a imaginação conseguiu, cobrindo as diferentes formas
de ser bela, diferentes e exuberantes traseiras, vistosos e gingadores peitos,
a elegância da mulher na sua mais íntima vaidade e estilos, tanto tradicionais,
quanto modernos, outros ainda forçados a coabitarem com a era informática, a
caminhar para a digital. Capulana!
Na verdade, a
capulana é muita coisa: é beleza, é riqueza, é alegria, é traição, é tradição e
de facto é cultura, para o que não foi necessário algum seminário com algumas
apresentações empower point, para que ela aparecesse em cheio e enchesse
todo o perímetro chamado Pemba, principalmente, a bela praia do Wimbe.
Acabou sendo a
nossa festa, de tal ordem que da próxima contemos connosco mesmos. Samora foi
celebrado da melhor maneira, que contagiou o dia seguinte, em que entrámos na
terceira festa: apuramento do Ferroviário de Pemba para o Moçambola/2014, donde
poderemos não voltar cedo, se a razão for a falta de um campo relvado, segundo
garantem as autoridades.
É dos sucessos que,
por causa dos quais, não merece elogios, a quem quer que seja, porque devia ser
sempre assim… (P.Nacuo)
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