O Líder da Renamo, Afonso Dhlakama, considera que a cidade da Beira está, neste momento, completamente abandonada pelas respectivas autoridades camarárias, chegando a exalar cheiro nauseabundo em consequência de acumulação de lixo. Falando Sábado último num comício que orientou no bairro da Munhava, na capital da província de Sofala, Beira, Dhlakama indicou que, as estradas estão cada vez mais esburacadas e o sistema de esgotos mais deteriorado. De acordo com este líder, do considerado maior partido da oposição em Moçambique, Beira tem ainda falta de iluminação pública, para além de estar a registar recrudescimento da criminalidade. No entender de Dhlakama, tudo isto se deve à frequentes ausências do edil da Beira, Daviz Simango, agora preocupado com a sua candidatura à Presidência da República. Dhlakama considerou que a gestão do município da Beira foi exemplar no último mandato pelo facto de, nessa altura, Simango ter governado na base do programa da Renamo. Dhlakama avança ainda a dizer que, “hoje continua a ser o mesmo Daviz Simango, com a sua própria cabeça, barriga, braços e pés, mas a cidade da Beira voltou a ser uma lixeira com os munícipes a reclamarem falta de recolha de lixo e manutenção dos edifícios”. Dhlakama acrescentou que a realidade deve ser dita e “não podemos apanhar boleia. Agora Beira já tem falta de respeito, com a Polícia Camarária a pontapear vendedores nas ruas e esquinas porque não é governo da Renamo”. “Dhlakama já chegou e o problema acabou. A vossa presença neste comício renova a nossa confiança com a cidade da Beira e a província de Sofala em geral. Não se atrapalhem e não devem perder tempo a perseguir um aventureiro que infelizmente ainda é menor de idade para as lides políticas”, apelou Dhlakama.
terça-feira, agosto 25, 2009
O "puto" insiste em fazer inimigos
segunda-feira, agosto 24, 2009
ÚLTIMA HORA
terça-feira, agosto 18, 2009
Gripe A: ir ou não aos "showmicios"?
segunda-feira, agosto 17, 2009
........século XXI
«Não tenho medo, por natureza não sou uma pessoa medrosa», afirma Zeca Schall, o candidato intimado, ao jornal «Sddeutsche Zeitung», que garantiu continuar a participar na campanha da CDU, partido da chanceler Angela Merkel, para as próximas eleições. Schall diz que, após as ameaças, recebeu numerosas demonstrações de solidariedade dos seus amigos, vizinhos e colegas. O candidato pela CDU tem 45 anos e vive há 20 na Alemanha. Nascido em Angola, conseguiu há quatro anos a nacionalidade alemã. O CDU levou «muito a sério» as ameaças do PND ao candidato e pediu protecção por parte da polícia de Suhl, no Estado de Turíngia (Leste), onde, no próximo dia 30, se disputam eleições regionais. «A Turíngia deve continuar a ser alemã. Agradecemos a Zeca Schall o trabalho que veio fazer como imigrante, mas já não é necessário. Por isso, queremos encorajá-lo directamente a regressar ao seu país, Angola», lê-se no comunicado do Partido Nacional Democrático. Os representantes da extrema-direita afirmam também que o Estado tem 100 mil desempregados que poderiam ocupar o posto de trabalho do candidato da CDU. Em cartazes mandados colocar junto aos da CDU, o partido tem a mensagem «Bom regresso a casa».
O Trio de Ataque
“... na conferência física posterior das fichas verificou-se divergência numérica entre os proponentes declarados e os efectivamente contabilizados, facto que em nenhum caso foi relevante no apuramento do número mínimo de proponentes exigidos”.
Por outro lado, o CC considera que a apreciação da validade das propostas de candidaturas recebidas revelou uma série de vícios que, de modo geral, afectaram as candidaturas.O acórdão avança que os vícios constatados levaram a invalidação de alguns proponentes, facto que implicou a redução do número de proponentes exigidos por lei (mínimo 10 mil e máximo 20 mil).
Os vícios constatados são: repetição de nomes de proponentes na mesma ficha de candidatura ou em fichas diferentes, fichas com diferentes nomes de proponentes mas com o mesmo número de inscrições no recenseamento eleitoral, fichas com número de inscrição no recenseamento sem os respectivos nomes de proponentes, elegibilidade dos números de inscrição, o mau preenchimento ou números de inscrição incompletos e números de inscrição inválidos.Por outro lado, registaram-se fichas preenchidas e depois reproduzidas por fotocópias, mas com reconhecimento de assinaturas do notário, fichas com manchas de tintas no lugar de impressão digital, impressões digitais apostas com o mesmo dedo em várias ou na mesma ficha, fichas com nome de proponente diferente do nome que aparece no espaço da assinatura e mesmo nome em inúmeras fichas ora com assinatura, ora com impressão digital ou ainda com a indicação de que não sabe assinar, constam dos vícios.Entretanto, o acórdão do CC sublinha que não há irregularidades processuais relevantes que justificassem notificações para o seu suprimento.De um modo geral, as candidaturas preenchem os requisitos formais de apresentação estabelecidos no artigo 134 da Lei Eleitoral, assim como os procedimentos fixados pela Deliberação 01/CC/09, de 23 de Abril.
O CC garante que os documentos contidos em todos os processos observam os requisitos legais de autenticidade ou de reconhecimento notarial, e do exame do respectivo conteúdo, concluindo-se que os mesmos provam as condições de elegibilidade dos candidatos.De sublinhar que os candidatos aprovados tiveram o numero de proponentes reduzido devido a sua invalidação por alguns vícios. O acórdão do CC foi aprovado com a anuência de quatro membros, contra um voto vencido de Manuel Franque por nao concordar com a medida deste órgão de nao notificar os candidatos ou seus mandatários para suprir as irregularidades registadas.
"Entendo que o CC devia considerar supríveis as irregularidades que levaram `a rejeição das candidaturas em análise, independentemente da qualificação dos vícios que foram detectados nas fichas dos eleitores proponentes" defendeu Manuel Franque (AIM).
Realizou-se no Conselho Constitucional, o sorteio do posicionamento dos três candidatos às eleições presidenciais de Outubro. Eis os resultados:
segunda-feira, agosto 10, 2009
Nem só de betão vive o homem
Os problemas levantados no decorrer da última Presidência aberta, na sua generalidade são os mesmos em todos os distritos e alguns se arrastam desde das anteriores legislatura (a comercialização é um bico de obra).
O cidadão de hoje como consequência do pluralismo de ideias, já não admite determinados actos de injustiça como resultado não apenas de falta de capacidade do gestor do bem público mas principalmente quando este infringe a LEI para satisfazer necessidades pessoais.
Se ficou, e inviável a não ser que tome o tempo que seja necessário para clarificar as verdades das meias verdades e distingui-las da difamação. Durante a sua ausência que outras “agendas” ficarão pendentes? Quanto se vai gastar em ajudas de custo e outras regalias para manter um funcionário para averiguar o que e visível a vários meses?
Curioso que o administrador em questão é membro do Comité distrital do PARTIDO, um órgão que se reúne regularmente e que serve entre outros , para a crítica e auto-crítica dos seus membros ( pelos menos era assim nos primordios da independência) ou mesmo sanciona-los com base nos estatutos internos.
Na verdade os tempos são outros, mas comportamentos desta natureza vindos de um membro do PARTIDO eram catalogados (eram) como praticados por “infiltrados” e as consequências eram extremas e imediatas.
Os seres humanos têm sentimentos e exteriorizam na alegria e na tristeza, ao contrário da matéria bruta e fria de que é feito o alcatrão,madeira e betão.
Em suma, a engrenagem ESTADO só funciona com a certeza de ser apetrechada de peças apropriadas e uma exigente manutenção.
quinta-feira, agosto 06, 2009
Na praça do discurso
Por exemplo o discurso governamental, é repetido (bem ou mal) pelos diferentes actores, na esteira da continuidade aparecem em pequenos momentos dentro de um processo em curso iniciado no passado (2004), percorrendo o presente(2009) e procurando projecta-lo para o futuro (mais cinco anos de poder).
Os pronunciamentos que chegam aos ouvintes de rádio e telespectadores de televisão vindos do mais alto magistrado da nação, podem não ser fieis para uma análise detalhada na sua (ou não) empatia com o cidadão. São pequenos os extractos que pode induzir a uma análise subjectiva e injusta. Por essa razão uma opinião diferente é sempre bem vinda.
Em dois momentos diferentes e na mesma região visitada no decorrer da presidência aberta ( demasiado longa e humanamente desaconselhável para a sua idade) respondendo as preocupações do dia a dia do cidadão, e passo a citar:
- temos que resolver, por isso tenho junto de mim os Ministros, os meus conselheiros para ouvirem melhor e perceberem.
Num outro distrito de Manica, de bloco de apontamentos na mão afirmou:
- facto de alguns não trabalharem bem, não quer dizer que todos nós não trabalhamos.
Acontece que a situação de momento é multifacetada e a necessidade de soluções deve ser utilizada como argumentos para sustentar o líder como tal perante os que desejam uma saída para as adversidades do quotidiano.
O cenário eleitoral deste ano apresenta-se distinto do cenário de há cinco anos atrás. Um elemento de mudança fundamental é o inicio do fim do que podemos chamar “geração dos libertadores ”. Nos últimos 34 anos, o principal modelo de organização política no país foi a Frelimo. Há quem conteste, mas na pratica outros actores não se assumiram e não tem sido por falta de espaço.
Foi do seu interior que veio uma certa interpretação da sociedade surgido da derrota do fascismo e da ascensão do movimento de massas, aglutinador de grande parte dos jovens.
A ascensão eleitoral do partido nas ultimas eleições foram directamente proporcionais ao mutismo crescente da sociedade civil .
Toda a militância do partido unificou-se em torno de um projecto comum que simplificava-se numa forma propagandística chave: luta contra a pobreza absoluta.
Toda esta crença de uma geração inteira na transformação do país através da eleição do “presidente de punho de ferro” parece estar a esfumar-se.
A ofuscar as expectativas do partido enquanto ferramenta política de transformação estão os interesses da burguesia aplicando à risca uma política neoliberal impulsionada pelo organismos multilaterais externos de juros altos, provocando o aumento do desemprego, dando mais lucro a banca e concentrando o dinheiro num pequeno grupo.
Num dos encontros populares, o Administrador do Distrito de Manica foi acusado e estar a “usar combustível, viaturas, e tractores da Administração, alguns deles avariados, na sua quinta.A fonte revelou que o actual administrativo da Saúde, empossado pelo mais alta figura do Governo naquele ponto de Moçambique, tem usado fundos públicos, depósitos de salários dos colegas em bancos privados, de modo a receber juros.
O(s) cidadão(s) são hoje mais exigentes, interpretam , debatem e opinam com mais propriedade tudo por “culpa” de um maior número de escolas implantadas e o fluxo de informação que chega a casa de cada um pela rádio e televisão.
O Chefe de Estado prometeu em caso de verdade acabar com os desmandos e que todos os todos os injustiçados poderão voltar aos seus postos de trabalho.Uma medida não totalmente populista mas também não deixa ninguém descansado, pois é quase certo que este mau exemplo pode não ser o único e até haver coragem para denunciar levará meses e anos tanto como as raras ocasiões (compreensiveis) que o Presidente da Republica disponibiliza.
É preciso entender que a burguesia está preocupada com os jogos eleitorais, enquanto aqui e ali vão surgindo ainda de pequena expressão algumas reclamações, ocupações de património privado e pequenas manifestações de teor violento, porque as necessidades dos seus autores não são ouvidas.